sexta-feira, 30 de maio de 2014

Prisões arbitrárias, torturas e mortes nos anos da ditadura militar brasileira



O debate na JC News com Rhaldney Santos, que foi ao ar nesta terça-feira (1º), lembrou o período da ditadura militar brasileiro. Os anos de 1964 a 1985 foram marcados por censura, repressão, tortura e mortes. A data da tomada do poder varia entre o dia 31 de março e 1º de abril. Oficialmente, os militares controlaram o país em março, mas pesquisadores afirmam que a data foi alterada para evitar ligações com o dia 1º de abril, conhecido como o da mentira.

http://radiojcnews.ne10.uol.com.br/2014/04/01/prisoes-arbitrarias-torturas-e-mortes-nos-anos-da-ditadura-militar-brasileira/


quarta-feira, 28 de maio de 2014


O pré-candidato doPSB à Presidência República, Eduardo Campos, afirmou ontem ser
contra uma revisão da Lei daAnistia para punir os responsáveispor crimes praticados durante a ditadura militar. “Acho que a Lei da Anistia foipara todos os lados. O importante agora não é ter uma visão de revanche. Falo isso muito à vontade porque a minha família foi vítima do arbítrio”, disse o presidenciável.
O socialista, cujo avô, o exgovernador Miguel Arraes foi preso em 1964, quando era governador
de Pernambuco, após o golpe e depois teve que se exilar na Argélia, acredita que a lei foi importante para
permitir a volta da democracia: “A anistia naquele momento foi ampla, geral e irrestrita.Essa foi a regra que nós aceitamos para fazermos a transição democrática do jeito que fizemos”. Eduardo se disse solidário com a família do ex-deputado federal Rubens Paiva, cujo caso será reaberto por decisão
da Justiça. Mas evitou entrar em detalhes. Ontem, o PT anunciou a revisão da Lei da Anistia como um dos pontos que poderão ser incluídos no programa de governo da presidente Dilma
Rousseff, candidata a reeleição.

IMPRENSA
O presidenciável comentou ainda a decisão da Executiva do PT de incluir, nas diretrizes do programa de governo da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff, a previsão de regulação dos meios de comunicação para proteger e promover direitos humanos e combater monopólios.
“Quem regula a imprensa é o eleitor. Se eu não gosto de determinado veículo eu passo para outro”, disse.
De acordo com o socialista, a sua campanha não abordará o tema: “Não está no nosso programa de governo nem é prioridade nossa tratar dessa matéria.

Após 45 anos de sua morte, chega ao fim caso Padre Henrique


A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) apresentou ontem seu relatório oficial sobre o assassinato do padre Antonio Henrique Pereira da Silva Neto, no mesmo dia em que se completaram 45 anos de sua morte. 

Fonte: JC

Leia mais:
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/pernambuco/noticia/2014/05/28/apos-45-anos-de-sua-morte-chega-ao-fim-caso-padre-henrique-129434.php

Dom Helder a caminho da beatificação

RELIGIÃO

Processo de canonização foi iniciado por dom Fernando nesta terça

Fonte: JC


Conhecido como “irmão dos pobres”, dom Helder Camara poderá se tornar santo. Nesta terça-feira (27), dom Fernando Saburido, atual arcebispo de Olinda e Recife, anunciou que já deu início ao processo necessário para reconhecer sua memória e exemplo, que seguem vivos no imaginário do povo brasileiro. “Dom Helder se identificava profundamente com os marginalizados, lutando pela paz, pela justiça e pelos direitos humanos, e a Igreja cada vez mais se volta para os que sofrem”, afirmou.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Parlamento realiza audiência Pública

O Presidente do Parlamento Comum da região Metropolitana do Recife, vereador Marcelo Santa Cruz Marcelo Santa Cruz - PT Olinda, convida para audiência pública nesta segunda- 19.05.14, a partir das 10h, no plenário da Câmara Municipal de Olinda para DISCUTIR A LEGISLAÇÃO PARA A CIRCULAÇÃO DOS TÁXIS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

SEMPRE MÃE

Artigo do pesquisador social Fernando Antônio Gonçalves ressalta a luta incessante de Dona Elzita Santa
Cruz Oliveira na busca do corpo do seu filho Fernando desde 1974, desaparecido aos 26 anos.

Publicado no Jornal do Commercio de hoje- 16.05.14


Na revista Piauí 91, de abril
último, a reportagem A Verdade
da Comissão, da jornalista
Júlia Dualibi, onde “vaidades,
resistência militar e vastidão dos arquivos
dificultam investigação de crimes
da ditadura”, tem o seu trecho final
emocionante, que amplia pernambucanidade
e faz exemplar justiça
às mulheres de Pernambuco, as
de agora e as dos ontens que sempre
nos orgulharam.
A jornalista Dualibi ressalta a luta
incessante de Dona Elzita Santa
Cruz Oliveira na busca do corpo do
seu filho Fernando desde 1974, desaparecido
aos 26 anos, quando, em Copacabana,
depois de sair com um
amigo, avisou que, se não voltasse, é
porque teria sido preso. Os dois amigos
nunca mais foram vistos.
Na sua caminhada de heroína, Dona
Elzita, que comemorou 100 anos
recentemente e que viveu anos na
mesma casa, em Olinda, Pernambuco,
conservando o mesmo telefone,
na expectativa de um alô do filho
amado, não titubeou em enfrentar
múltiplos cretinos, a começar dos
funcionários do famigerado major
Ustra, que receberam de suas mãos
roupas e pertences para Fernando,
depois se acovardando, afirmando
ter sido um lamentável engano, posto
que ele não havia sequer passado
pelo já repugnante DOI-CODI.
Dona Elzita procurou seu filho
Fernando em São Paulo, no Rio e na
Argentina, recebendo inclusive, da
parte de um general fascista, a informação
de que seu filho teria se evadido
para o exterior. E de um outro militar,
que pouco honrava a farda, que
o filho se encontrava num manicômio.
Na perda da esperança de encontrar
o filho com vida, Dona Elzita
principiou a procurar o seu corpo, recebendo
até informações de que ele
havia sido esquartejado e jogado em
alto mar.
Para se ter noção da bravura desta
mãe pernambucana, basta contar um
fato. Em 2012, o ex-delegado Cláudio
Guerra, do Dops, em depoimento
em livro, revelou que Fernando se
encontrava entre os dez militantes,
mortos sob tortura, que foram incinerados
nos fornos da usina de açúcar
Cambahyba, no Rio de Janeiro, de
propriedade do empresário Heli Ribeiro
Gomes, ex-vice governador de
São Paulo.
Relutando em contar para Dona
Elzita, dada sua idade avançada, resolveram
cientificá-la com a presença
de médica especialista. Num jantar,
os parentes contaram a história.
E a reação foi de mulher bravia: “Isso
já está provado? Se não, vamos jantar.
Já passamos por muitas dessas”.
Dona Elzita costuma recitar uma
poesia que, diz ela, aprendeu quando
criança. Familiares confirmam ser
de sua autoria: “Passam-se os anos, e
o véu do esquecimento/Baixando sobre
as coisas, tudo se apaga/Menos
da mãe, no triste isolamento, a saudade
que o coração lhe esmaga.”
A sua bênção lhe peço, Dona Elzita,
pela bravura de ser mãe pernambucana!!