Diario de Pernambuco
Disputa no Recife reflete em Olinda
JÚLIA SCHIAFFARINO juliaschiaffarino.pe@dabr.com.br
Recife, sábado, 28 de abril de 2012
Divergências petistas na capital do estado estão influenciando no debate eleitoral olindense
Tereza tem a missão de contornar a situação. Imagem: BLENDA SOUTO MAIOR/DP/D.A PRESS |
De acordo com Santa Cruz, a postulação tanto do nome dele quanto do de Arruda foi consequência das discussões do PT sobre apoiar a reeleição de Renildo ou apresentar candidato próprio. “A partir do momento que Horácio foi contra a continuidade do projeto com Renildo, tivemos que pensar em um nome para vice que não fosse o dele”, falou. Arantes confirma o estopim da disputa.
Apesar de ambos os vereadores defenderem a continuidade da parceria com os comunistas, na ocasião, cada um deles encabeçou uma chapa independente, isso já com vistas em, posteriormente, fortalecer o nome para concorrer à vice. Juntos, os dois grupos confirmaram apoio ao prefeito, vencendo a chapa de Horácio, que pretendia ter Tereza Leitão como candidata à prefeitura.
Os motivos, entretanto, não se resumem a isso. Horácio Reis, assim como Tereza Leitão, são ligados à tendência petista do prefeito do Recife João da Costa. Por outro lado, Marcelo Santa Cruz faz parte da Corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) do senador Humberto Costa, e Arantes integra o grupo do deputado federal João Paulo. Ambos são defensores da candidatura de Maurício Rands na capital.
“As forças políticas se comunicam. Olinda não é uma ilha, e o PT é articulado. Achar que uma coisa não tem a ver com a outra é ingenuidade”, afirmou Santa Cruz. Mais comedido, Horácio Reis diz que esse fato não teria sido o motivo para a multiplicação de nomes em oposição ao dele, mas concorda que a questão é uma razão para um forte acirramento dos ânimos.
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