quinta-feira, 18 de abril de 2013

PT e Wyllys abandonam comissão



Saída em bloco tenta esvaziar o comando do deputado pastor. Evangélicos constrangeram mensaleiros na CCJ

18/04/2013 03:00 - Diário de PE
Manifestantes a favor de Feliciano levaram cartazes pedindo a saída de José Genoino (ZECA RIBEIRO/ DIVULGAÇÃO)
Manifestantes a favor de Feliciano levaram cartazes pedindo a saída de José Genoino
Em mais um dia de protestos contra a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, os parlamentares contrários ao pastor decidiram abandonar o colegiado. Cinco titulares – os quatro deputados do PT na comissão e Jean Wyllys, do PSol-RJ – e dois suplentes saíram em bloco da CDHM. A decisão foi tomada em reunião no começo da tarde de ontem. Além deles, Chico Alencar (PSol-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP) já haviam tomado a decisão. 

A intenção da manobra é esvaziar o colegiado a ponto de torná-lo inviável e, assim, forçar a saída de Feliciano. “Desde o início foi um processo ilegítimo, que formou um colegiado artificial com reuniões fechadas. Nossa saída é uma forma de não legitimar (esse processo)”, explicou Nilmário Miranda (PT-MG). De acordo com a Secretaria-Geral da Mesa Diretora, no entanto, a comissão, que conta com 18 titulares e o mesmo número de suplentes, só terá problemas para funcionar se metade dos integrantes deixar seus postos. 

A frente também vai pedir ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que reveja o despacho de projetos em tramitação no colegiado. Jean Wyllys cita como “desrespeito” a oferta feita por Feliciano da relatoria da proposta (PL 4211/12) que trata da regulamentação da prostituição e do enfrentamento da exploração sexual de mulheres e crianças para o deputado Pastor Eurico (PSB-PE).

Troco evangélico
Pela manhã, evangélicos que apoiam Marco Feliciano, pelos corredores da Câmara, causaram constrangimento ao PT. Eles entraram na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) carregando faixas contra a permanência de José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) como membros do colegiado. Os dois foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção, no julgamento do mensalão. O protesto foi pacífico e feito sem criar tumulto, no início da reunião da CCJ. Mas a quantidade de pessoas no plenário da comissão era muito grande e a conversa atrapalhou o andamento dos trabalhos. A permanência dos dois parlamentares já havia sido questionada por Marco Feliciano. (Do Correio Braziliense)

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