Na Câmara Federal Combatendo a reforma do deputado Eduardo Cunha |
A
discussão sobre a Reforma Política que o Brasil precisa tem como pano de fundo
o conflito entre duas concepções de mundo, de um lado estão os representantes
da bancada conservadora, cujo modelo de democracia é a causa pública dominada
pelos interesses privados que dominam o Estado, através do financiamento
privado de campanha, de um sistema eleitoral distrital ou Distritão que divide
o território das cidades, estados e o País em pequenos lotes, onde serão
eleitos os “caciques ou coronéis”, compromissados pelos conglomerados
empresarias e um sistema partidário resumido a meras siglas sem um programa
nacional.
Do outro lado estão o conjunto de propostas denominadas de COALIZÃO DEMOCRÁTICA PELA REFORMA POLÍTICA E
ELEIÇÕES LIMPAS, organizada
pela CNBB, OAB, MST, CUT, CTB, CONSULTA POPULAR e subscrita por mais de cem entidades da
sociedade civil. Há as propostas que defendem o financiamento público para as campanhas eleitorais; permissão de
contribuição individual, obedecendo ao teto de setecentos reais por eleitor e
não ultrapassando o limite de 40% dos recursos públicos, recebidos pelo partido
destinados às eleições; adoção do sistema eleitoral do voto dado em listas pré-ordenadas,
dois turnos de votação, constituindo o sistema denominado “voto transparente”,
pelo qual o eleitor inicialmente vota no partido e posteriormente escolhe,
individualmente, um dos nomes da lista; a garantia da alternância de gênero nas
listas mencionadas no item anterior; regulamentação dos instrumentos da
Democracia Direta ou Democracia Participativa, previstos no art. 14 da
Constituição de 1988, modificação da legislação para fortalecer os
partidos, para impor programas partidários efetivos e vinculantes, por
considerar o mandato como pertencente ao partido e não ao mandatário.
Estamos
nessa disputa como representante do Parlamento Comum da Região Metropolitana do
Recife e solidários com a União dos Vereadores de Pernambuco – UVP, na defesa
das propostas da COALIZÃO
DEMOCRÁTICA PELA REFORMA POLÍTICA E ELEIÇÕES LIMPAS, sintetizada de que se aproximam mais do cotidiano político dos
vereadores e vereadoras, os quais no final esse embate político, não podem
ser os mais prejudicados por uma reforma conservadora. E também por nossa
trajetória política em defesa dos oprimidos, dos sem voz e sem representação,
lutamos pela ampliação da presença nos espaços públicos dos Sem-Teto,
Sem-Terra, das mulheres, dos negros e negras, das pessoas com deficiência e da
população LGBT
MARCELO SANTA
CRUZ
VEREADOR
PT/OLINDA
PRESIDENTE DO
PARLAMENTO COMUM DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário