terça-feira, 29 de maio de 2012

O que apurar?

REPÓRTER JC – 29.05.12

O que apurar?
A propósito de nota publicada na coluna indagando se a Comissão Nacional da Verdade deve investigar também os atos cometidos por grupos de esquerda que pegaram em armas contra a ditadura militar, o cientista político e pesquisador Túlio Velho Barreto (Fundaj) defende que isso não faz sentido e considera que se trata de um “falso impasse”. Para tanto, ele cita o ex-ministro da Justiça Fernando Lyra durante a transição democrática. “De fato, se é verdade que o golpe e o regime militar representam o nosso holocausto, como bem definiu Fernando Lyra, então não faz sentido colocar no mesmo plano as ações dos que agiram em nome do Estado para prender, torturar e matar e os que resistiram. Seria o mesmo que igualar as ações dos heróis da resistência francesa, por exemplo, com o que fizeram os nazistas. E isso ninguém tem coragem de fazer”, conclui Velho Barreto.
Apuração urgente e necessária
Em Pernambuco, a Comissão da Verdade terá um grande desafio: apurar o assassinato, há 43 anos, do padre Henrique, um dos principais colaboradores de dom Helder Camara. E o arcebispo dom Fernando Saburido (foto) já anunciou que pedirá completa investigação do crime à Comissão da Verdade.
Apuração
Estudioso do período e autor de artigos neste JC sobre a morte do padre Henrique, Túlio Velho Barreto concorda com dom Fernando Saburido sobre a importância da Comissão se debruçar sobre o caso.
Denúncia
Velho Barreto lembra, porém, que, em 1988, o então procurador-geral de Justiça Telga Araújo denunciou os três principais envolvidos no assassinato do sacerdote. “Isso ajudará a Comissão da Verdade”, conclui.

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