Parabéns aos companheiros da Paraíba que estão fazendo historia, resgatando a memoria, verdade e justiça em retirar o nome de uma escola que homenageava um ditador, responsável por torturas, mortes e desaparecimentos de companheiros após terem sidos presos, e ao gesto justo em homenagear essa escola colocando o nome de um herói do nosso povo MANOEL LISBOA. Gostaria também, por uma questão de justiça, homenagear o combativo Dep Estadual do PT ANISIO MAIA, que foi o autor da Lei Estadual que permitiu retirar as homenagens cujo os destinatários são violadores de Direitos Humanos.
Vereador do PT Olinda - MARCELO SANTA CRUZ
No último dia 02 de março, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou a mudança de nome da Escola Estadual Presidente Costa e Silva, situada às margens da BR-101, em João Pessoa, para Escola Estadual Manoel Lisboa de Moura. Este é o segundo colégio público da Capital que foi rebatizado em substituição ao nome de um velho ditador. O Projeto de Lei 466/2015, que possibilitou esta reparação histórica, é de autoria do deputado estadual Anísio Maia (PT), que militou nas fileiras do PCR, partido fundado Manoel, na resistência à Ditadura Militar no Brasil.
Manoel Lisboa de Moura - Jovem de classe média, abdicou de confortos para se dedicar à causa do oprimidos. Estudante de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, onde nasceu, foi expulso da instituição após o AI-5 de Costa e Silva e obrigado a viver clandestinamente entre sua terra natal, Pernambuco e Paraíba. Iniciou sua militância política ainda como estudante secundarista (como os jovens de 15 anos que estudam na escola que agora leva seu nome) e, em 1966, fundou, junto com outros valorosos lutadores, o Partido Comunista Revolucionário (PCR) com os objetivos de derrubar a Ditadura e construir uma nação socialista, livre do fascismo e da exploração da burguesia e dos latifundiários sobre o povo.
Por sua destacada atuação à frente do PCR, comandando diversas ações que enfrentaram e desmoralizaram o regime, Manoel Lisboa estava sendo fortemente cassado pelos agentes da repressão, que conseguiram capturá-lo em Recife, no dia 16 de agosto de 1973. Torturado ininterruptamente até sua morte, no dia 04 de setembro, Manoel resistiu às formas mais brutais de tortura física, não revelando nada do que sabia sobre outros militantes e sobre seu partido.
Seu corpo, trasladado clandestinamente para São Paulo, foi enterrado na condição de indigente no Cemitério Dom Bosco, numa vala coletiva, a fim de que não pudesse ser identificado. A versão oficial de sua morte, dava conta de que morrera em um tiroteio com policiais e seu camarada de partido Emmanuel Bezerra dos Santos, numa tentativa de encobrir seu sequestro e torturas.
Fonte: www.averdade.org.br
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